"Um quarto escuro, uma lâmpada vermelha, uma velha câmara de fole instalada sobre um tripé de madeira. Acende-se uma luz numa caixa pregada à parede, tira-se a tampa da câmara durante uns segundos e tapa-se de novo, desliga-se a luz, tira-se a chapa de vidro e coloca-se numa tina com água (...!), passam mais uns segundos e a imagem... como que por magia... vai surgindo... lentamente."
Estas recordações do quarto escuro do meu avô Henrique constituíram o despertar para o interesse pela fotografia, mesmo quando enganado com um velho "caixote" que afinal não tinha chapa alguma...
No Ensino, a Fotografia tomou um papel importante não só na produção de materiais didácticos, como na formação das capacidades do aluno... desenvolvendo, então, diversas actividades – cursos, concursos, exposições, reprodução de obras de arte em diapositivo, etc...
Em 1982-83, com a criação do AARVIS (Atelier de Artes Visuais) na E.S. Santa Maria de Sintra, foi responsável pela actividade de Laboratório de Fotografia.
Em 1999 promoveu a exposição “Memória Photographica”, integrada no Projecto de Área Escola com alunos do 12º ano e em 2000 o Curso de Fotografia para alunos do Curso de Artes na ESPAN.
Em particular, o prazer de fotografar os valores da luz, da forma, abstracta ou figurativa, da composição, tornou-se uma prática frequente.
Nos últimos anos, já na era digital, liberto das limitações do rolo fotográfico e do trabalho laboratorial, fotografar a cidade ou acompanhar mais intensamente a actividade musical clássica resultou na criação de algumas páginas temáticas nas redes sociais, como o Facebook ou o Instagram.
Esta actividade culminou em 2021 com a apresentação do seu trabalho na exposição «Rostos da Música», integrado na actividade cultural do Solar dos Zagallos (Sobreda da Caparica, Almada).